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Foto do escritorFelipe Lopes

Super RPG Land


Nostalgia é algo muito valorizado, sempre lembramos de nossas infâncias com carinho e saudade. Tomando a nostalgia como alicerce, Super RPG Land tenta nos levar de volta ao auge do game boy, quando as cores ainda não existiam no console de mão.


Começamos escolhendo nossos personagens, escolhemos 3 entre os 6 disponíveis, a ideia é incentivar a construção de uma equipe balanceada, a fim de enfrentar os desafios do game. O enredo é substituído por uma desculpa do tipo "vá e busque aventura, dinheiro, experiência e espólios", em resumo, não há enredo, apenas uma desculpa para matar monstros, mas isso não chega a ser um problema. Logo no início, encontramos um mapa ao estilo super Mario world, com um caminho já definido a ser trilhado, sendo este o único mapa do jogo. Ao invés de entrarmos em cidades ou explorarmos cavernas, o jogo permite apenas que conversemos com npcs a fim de comprar itens, armas, descansar na estalagem, obter missões ou até descobrir alguns rumores do lugar. Logo na primeira cidade, já entendemos como o jogo vai funcionar, pegamos uma missão, completamos ela, ganhamos moedas e repetimos o processo. As missões consistem basicamente em matar um monstro, um Boss. O Boss fica em algum lugar do mapa, identificado por um sinal de interrogação, ao derrotar ele, ganhamos um prêmio no mesmo instante, liberamos uma nova missão e repetimos. No mapa, cada parada (representada por um círculo) possui a chance de um encontro aleatório, este pode conter um baú ou monstro, o baú possui prêmios aleatórios ou até efeitos negativos.


Entendendo o processo do jogo, podemos ir um pouco além e destacar os pontos positivos e negativos. Temos aqui um game fortemente expirado em Dragon Quest, com mecânicas simples, mas eficientes. A batalha, a cidade, tudo é simples, mas bem construído e elaborado, nada parece ter sido jogado sem um propósito. Mas nem tudo são flores, o game acaba deixando a desejar logo na base de seu quase enredo, o grind, o intervalo entre um Boss e outro é quase nulo, poderíamos rushar a campanha quase sem enfrentar encontros aleatórios, mas a dificuldade acaba nos impedindo disso. Isso nos deixa com uma saída, grindar, enfrentar repetidos eventos aleatórios para conseguir moedas e XP, infelizmente isso acaba sendo um desafio bem grande, visto que podemos grindar andando no mapa, mas vez ou outra acabamos encontrando um baú que simplesmente rouba todo o nosso dinheiro, fazendo com que o grind seja perdido, não bastando isso, não há o que comprar para melhorar os personagens, as armas a venda na loja, são as mesmas equipadas quando começamos, as armaduras pouco diferem das iniciais. Então só temos como grindar para obter XP, consequentemente upar os personagens, mas não há uma sensação real de estarmos progredindo ao fazer isso. Existe sim uma saída viável, enfrentar novamente os Bosses, mas aí caímos em uma repetição sem fim.



A falta de mapas a serem explorados, a dificuldade de melhorar os personagens e a grande escala de poderes entre um Boss e outro, faz com que o jogo fique pesado de jogar. Mas tudo isso é fácil de resolver.


Super RPG Land é preciso na nostalgia, ao ponto de trazer erros que encontrávamos nos jogos em que se baseia. Está perto de ser uma obra prima, possui sistemas simples mas muito bem executados. A música não fica devendo em nada, deixando o jogo mais nostálgico ainda. Agora, a cereja no bolo, a parte gráfica, é como ter um gameboy em mãos, um exemplo de cuidado e amor, misturado a uma habilidade ímpar de level design.



O jogo custa atualmente R$3,99 e pode ser adquirido no site Itch.io


Resenha feita com aproximados 40 minutos de gameplay, além dos detalhes mencionados acima, o jogo também conta com um sistema de dungeons que simulam o 3d, assim que eu jogar um pouco mais, irei atualizar este post.


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